Minha Estrela
És a Vênus da minha mocidade,
A minha estrela d'alva, em céus risonhos,
A deusa do Olimpo de meus sonhos,
De todas, a mais bela divindade.
E quando se avançar a nossa idade,
De alegres tempos, tempos bem tristonhos,
Dos tempos da velhice, então, medonhos,
Serás a minha Vésper da Saudade.
P'ra mim, quando chegar a noite escura
E o meu corpo dormir na sepultura,
Ali tu regarás uma oração.
Rosa branca verás desabrochada,
Será a minha alma, Aliete, ó esposa amada,
Ao luar do teu amável coração.
Crato, 08/12/1950
José Siebra
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