Saudade (versão 2)
Aderson Siebra
Quando no véu azul do firmamento
Contemplo a branca e solitária lua,
Vem a excelsa formosura tua
Vagar no céu, sem luz, do pensamento.
E sobre o barco que na dor flutua
Se desenrola com maior tormento
A triste cena deste sentimento
Que trago n’alma solitária e nua.
Saudade é como disfarçada dor,
Como mimosa engrinaldada flor,
Virgem formosa, namorada crente,
Deixando n’alma, no vigor da vida,
Recordações de nosso amor, querida,
Ferindo sempre o coração da gente.
Crato(CE), 7-4-1944
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