Minha Vida em Três Tempos…
J. Siebra
Gélido
e escuro vejo o meu passado,
Como
se fosse coisa inexistida,
Nesta
estrada dos anos percorrida,
Que
é só de sombra e tempo esperdiçado.
Sob
o peso de dores recurvado,
De
pesares, sem ter tido guarida,
Das
amarguras por mim tanto vividas,
Olho
o futuro e fico desolado.
Futuro
incerto, chega inesperado,
Neste
presente que é logo tragado
Pelo
não ser que tem fome incontida,
De
o futuro ver nele mergulhado,
De
ver, em morte, a vida convertida,
De
ver o tempo destruindo a vida.