terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Dia Sete




José Siebra de Oliveira

Tambores e mais tambores,
Em nossas ruas asfaltadas,
Expressam bem os clamores
Das massas escravizadas.

São brados em estertores
Das classes espoliadas,
Famintas e desnudadas,
Em angústias e dissabores.

Que cada tambor gritante,
Sentindo do povo as dores,
Seja um grande autofalante,
Bem alto, sem ter temores.

Do tamanho do Brasil,
Despertando a nossa gente
E tornando-a consciente
Das maldades tantas, mil

Que assolam a nação,
Do capital estrangeiro
Que sugando o brasileiro,
Só causa consternação.

Vibra, tambor, endoidado,
Desperta do berço esplêndido
Este gigante gemendo,
Eternamente deitado.

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