José Siebra de Oliveira
Tambores
e mais tambores,
Em
nossas ruas asfaltadas,
Expressam
bem os clamores
Das
massas escravizadas.
São
brados em estertores
Das
classes espoliadas,
Famintas
e desnudadas,
Em
angústias e dissabores.
Que
cada tambor gritante,
Sentindo
do povo as dores,
Seja
um grande autofalante,
Bem
alto, sem ter temores.
Do
tamanho do Brasil,
Despertando
a nossa gente
E
tornando-a consciente
Das
maldades tantas, mil
Que
assolam a nação,
Do
capital estrangeiro
Que
sugando o brasileiro,
Só
causa consternação.
Vibra,
tambor, endoidado,
Desperta
do berço esplêndido
Este
gigante gemendo,
Eternamente
deitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário