segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Discurso de Despedida por Ocasião de sua Aposentadoria





José Siebra de Oliveira

Juazeiro do Norte, 22 de setembro de 1977


Aos
Meus caros colegas de trabalho:

                De conformidade com comunicado de 02 de setembro em curso, dirigido por mim à nossa superior administração – FUNCI – GABIN, com cópias para a Diretoria de Recursos Humanos, INGER, Caixa de Previdência e, ultimamente, ao Chefe de Gabinete do Ilmo. Presidente, Dr. Karlos Heinz Rischbieter, será o meu último dia de trabalho nesta agência, aliás, no banco, 11 de novembro próximo, encontrando-me, assim, aposentado a partir do dia 12 imediato.
                Nesta oportunidade, com toda sinceridade, já sentindo realmente a dor da recordação de todos vocês, deste ambiente de serviço, desta casa, deste convívio, expresso o meu profundo reconhecimento e minha imorredoura gratidão pela cooperação que, durante quase dez anos, deram vocês não somente à administração, porém à minha pessoa.
                Agradeço por tudo aos vigilantes, aos homens que trabalham no “duro da limpeza”, aos estagiários, aos contínuos, a “Zezão”, ao Pretinho, ao Tárcio, a todos os meus colegas auxiliares e escriturários, incluindo, aqui, todos da Tesouraria e Caixa, aos ajudantes, chefes-de-serviço e, de modo especial, ao Sr. Edival Pinto da Silveira, grande Subgerente, que tão bem soube entrar, comigo, em sintonia nas soluções, com a devida ponderação e justiça, dos problemas fáceis e dos mais difíceis. A todos a minha expressiva gratidão.
                Se há algum ressentimento contra minha pessoa, que me perdoem, pois, se por vezes alguém feriu-se com alguma medida tomada, posso afirmar que não foi ela tomada por perseguição, má fé, por maldade ou injustiça.
                Se alguma medida exorbitou as normas vigentes, não foi ela premeditada, e sim sem ferir o espírito de misericórdia, para cumprir um dever de justiça e correção.
                Com relação a este ponto, tratando-se de sentimentos recíprocos, sempre satisfiz-me em expressar e sempre o farei durante toda a minha vida, repetindo as palavras célebres e imortais que seguem:
                De Buda: “Sê como o sândalo que perfuma o gume do machado que o golpeia.”
                De Cristo, mais realistas:  “Fazei bem aos que vos perseguem. Amai os que vos odeiam. Perdoai os vossos inimigos de suas ofensas. Se amardes somente os vossos amigos, que merecimento podereis disso obter?”
                O meu muito obrigado, e sempre disponham, dentro do possível, deste criado de todos vocês.

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