Via-a estendida, morta no caixão,
Na mesma sala pobre onde ensinou,
Onde os hinos da igreja ela ensaiou
Tanto em música como em cantochão.
Foi sempre de esmerada educação,
Mulher a quem o Crato muito amou,
O Crato pobre, sim, que a conservou
Como segunda mãe de coração.
O Crato pobre foi que ali entrou
E, de joelhos, ao seu redor chorou,
Ferindo-lhe a saudade e a emoção.
O rico, na calçada, ali passou
E, na sua porta, nem sequer parou
P’ra fita-la num olhar de compaixão.
-13.5.63- J. Siebra
Nenhum comentário:
Postar um comentário