quinta-feira, 5 de março de 2020

Homens da Carne




Homens da Carne

São pobres imbecis passando pela vida
Quais restos de molambo fétido do mal,
Rolando ao turbilhão, à força da caudal
Que os séculos vêm banhando de água apodrecida.

De vício pela lama de alma enegrecida,
Desprezam o sublime pelo que é banal
E quando a morte, um dia, tragá-los fatal,
Verão ter a existência em vão sido vivida.

Qual a planta que nasce em pedra e vê tolhida
A sua ascensão no mundo como vegetal,
Do sol pelo calor bem cedo ressequida,

Assim estultos são os que, no lamaçal,
Tão simplesmente vivem a vida sexual
Com a inteligência em trevas, pobre, embrutecida.

J. Siebra

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