sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Heroicos Cratenses

 


Heroicos Cratenses

 

Aderson Siebra de Oliveira (poeta caririense, irmão de José Siebra de Oliveira)

 

            Esta cidade, nos tempos de paz, repousando a cabeça na serra majestosa, dorme embevecida consigo mesma, dominada pela poesia dos céus e dos campos, confiando na virilidade de seu povo.

            Quando, entretanto, rufam os tambores das consciências, na hora que se faz precisa, ela desperta cheia de civismo para a luta, se ergue e se agiganta e lança-se ao combate.

            Aqui, neste recanto da Terra do Sol e da Luz, ergueu-se o primeiro brado contra a doutrina bolchevista, cujo máximo representante é Luiz Carlos Prestes, indigno do título de brasileiro.

            Sim! Brasileiro não é só ter como berço esta grande terra: é ser amante e defensor dos princípios de liberdade, é defender as nossas tradições cristãs e a nossa democracia. É conservar Cristo em si, no lar e na sociedade, é fazer como aqueles que mergulharam em nossas florestas ciclópicas para difundir os direitos humanos e pregar as suas obrigações. É defender, como os padres jesuítas, a verdade e ensinar o bem. Ser brasileiro é ser católico.

            Meus senhores,

            Estamos cada vez mais ameaçados. Não acreditamos no fracasso do adversário.

            Será árdua a batalha, mas compensadora a vitória.

            Como Pernambuco que defende o Brasil em cruciantes batalhas contra os holandeses, também o Crato, o Cariri, saberá enfrentar de frente erguida a invasão vermelha.

            Não é preciso citar fatos. Conheceis a história de como o comunismo tem dilacerado a humanidade em árdua carnificina de padres, freiras, católicos.

            Aí estão a Rússia, o México, a Espanha onde os gritos subiram aos céus, sob o ferro do comunismo.

            E as desvirginadas?

            E os campos de concentração?

            E a desolação em massa?

            Tudo conhecemos e sabemos das promessas que fazem e dos frutos que tem dado às sociedades. Preferimos a seca, a fome, os sofrimentos que nos mandam Deus e a natureza do que aqueles que nos querem impor os homens.

            Graças a Deus contamos com a intrepidez e a dignidade do exército de Caxias e, sobretudo, com a bravura de todos os brasileiros que não poderão jamais suportar nenhum peso de terror, nenhuma corrente que lhe extinga a liberdade.

            Esta força expedicionária para a qual fui convocado e que, com alegria e gloria, acompanhei por alguns das, pois tive, por força superior que dela me afastar, não consentirá que tal se consume.

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