Teresinha
A Antônio Fernandes
Aderson Siebra de Oliveira
É no sorrir da vida, inda criança,
Quando, aos abraços tenros da existência,
Exala o perfume da inocência
E a vida é toda feita de esperança.
Qual flor que, presa ao galho, se embalança,
Inda em botão lhe tange a violência,
O vendaval da morte sem clemência
Tão monstruoso no teu lar avança.
Chorando então eu vejo uma partida
De uma vida que fora a tua vida
Cheia de amor, de paz e de ternura.
É outra estrela que a voz no Onipotente
Faz-se ocultar assim tão de repente,
No ocaso da vermelha sepultura.
Crato-CE, 0-10-1945
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