terça-feira, 22 de setembro de 2020

Teresinha

 


Teresinha

A Antônio Fernandes

 

Aderson Siebra de Oliveira

 

É no sorrir da vida, inda criança,

Quando, aos abraços tenros da existência,

Exala o perfume da inocência

E a vida é toda feita de esperança.

 

Qual flor que, presa ao galho, se embalança,

Inda em botão lhe tange a violência,

O vendaval da morte sem clemência

Tão monstruoso no teu lar avança.

 

Chorando então eu vejo uma partida

De uma vida que fora a tua vida

Cheia de amor, de paz e de ternura.

 

É outra estrela que a voz no Onipotente

Faz-se ocultar assim tão de repente,

No ocaso da vermelha sepultura.

 

Crato-CE, 0-10-1945

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