Manhã Brasileira
Aderson Siebra de Oliveira
Sob o pálio de nuvem purpurina,
Surgindo vai o sol lá no levante,
Do caudaloso rio murmurante
Beijando a grácil face cristalina.
O tapete dos campos verdejante
Vai eriçando a brisa campesina
Que assobia na crista da colina,
Erguendo aos céus um brado de gigante.
Desperta o homem para a grande luta
E ruge a fera, bem longe, na gruta
Estremecendo o coração da serra.
Fica o poeta então a meditar
Vendo a neve aos céus branca se evolar
Do verde incensário desta terra.
Crato-CE, 17.12.1943
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