Aderson Siebra de Oliveira
Insetos parasitas vão zumbindo
Pelos jardins imensamente bastos,
Deixando de suas rosas os cílios gastos,
Bem dentro, o seio virgem lhes ferindo.
Depois, ao verem pétalas caindo,
Aos jasmineiros voam, também castos,
E assim vão percorrendo campos vastos,
O bom néctar das flores extraindo.
Outros insetos deixam estragados,
Neste jardim dos nossos pensamentos,
Formosos ideais engrinaldados,
Nos lindos galhos de uma tenra idade,
Aniquilando, por todo, os bons intentos,
Envenenando a nossa mocidade.
Crato-CE, 11/09/42
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