José
Siebra de Oliveira
Hermógenes
Teixeira de Holanda
Nasceu a 9 de maio de 1916, em
Crato. Foram seus pais Celso Pedroso de Oliveira e Maria Siebra de Oliveira.
Entrou para o Seminário São José, de
Crato, em 1930, indo, quatro anos mais tarde, para o de Fortaleza, onde estudou
Filosofia e Teologia. Desiste, em 1936, da carreira eclesiástica. Faz ainda os
seguintes cursos: o Científico, no Colégio Diocesano do Crato; o de Técnico em
Contabilidade, na Escola Técnica de Comércio local; e, mas tarde, já
aposentado, o de História Natural, na Faculdade de Filosofia do Crato.
Casou-se, em 1946, com Francisca
Aliete Feitosa de Oliveira, de quem lhe vieram 11 filhos.
Sua vida profissional pode ser
dividida em duas fases: uma, anterior ao seu ingresso no Branco do Brasil em
1942; e outra, posterior a esse evento.
Na primeira fase, que se inicia em
1936, com a sua saída do seminário, exerceu principalmente o magistério. Deu
aulas nos seguintes estabelecimentos de ensino de Crato: de Matemática, no
Colégio Diocesano e no Seminário São José; e de Contabilidade, na Escola
Técnica de Comércio. Vale destacar que, por esse tempo, fundou em Milagres
(CE), um colégio de que foi professor e diretor durante três anos.
Apreciava sobremodo a oratória,
tendo sido considerado pela revista Itaytera como um dos melhores oradores da
cidade. Graças à boa impressão causada pelo discurso que proferiu ao concluir o
Tiro de Guerra, em 1940, o então Prefeito municipal Alexandre Arraes o fez
Secretário da Prefeitura, função de que ele se desincumbiu sem abandonar ou
sequer diminuir as responsabilidades já assumidas pela atividade docente.
A segunda fase de sua vida
profissional, quiçá a mais importante, começa em 1942. Nesse ano, assina, a
convite, contrato de trabalho de um ano com o Banco do Brasil, agência de
Crato, desfalcada então de pessoal. Seis meses depois, aprovado em concurso
interno, é efetivado como escriturário. Exerce as funções de Investigador de Cadastro
e de Ajudante-Chefe de Serviço, até que, em 1965, é designado Gerente
Instalador da agência de Brejo Santo (CE). Três anos depois assume a gerência de Juazeiro do Norte (CE),
à frente da qual fica até a sua aposentadoria, em novembro de 1977. Diga-se de passagem que as duas
agências sob a sua administração sempre apresentaram bom resultado em termos de
desempenho e lucro financeiro. Foi durante a sua gestão que se deu a
inauguração da sede própria do Banco em Juazeiro do Norte (CE), com a presença
do então presidente da instituição, Nestor Jost.
Dono de sólida formação religiosa,
entendia ser de sua obrigação como católico contribuir no sentido de aliviar as
dificuldades do trabalhador mais humilde, especialmente de nosso agricultor tão
sofrido. Assim, sem auferir qualquer remuneração material, levou a cabo vários
empreendimentos da alçada diocese cratense. Um deles: recuperou a Cooperativa
Operária do Círculo Operário de Crato, fazendo-a voltar ao exercício normal de
suas funções sociais. Outro: especialmente incumbido pelo bispo diocesano D.
Vincente de Paulo Araújo Matos, fundou os sindicatos rurais das cidades
cearenses de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha e Várzea Alegre.
Faleceu a 27 de maio de 1984, do
coração, às 06 da manhã, no parque de exposição agropecuária de Crato, quando
realizava mais uma de suas caminhadas diárias para recuperação da saúde, já então
seriamente abalada por enfarte sofrido seis meses antes.
Nota adicional do editor: Pode-se somar aos feitos
memoráveis de José Siebra ter contribuído, em sua gestão como secretário da
Prefeitura, para o plantio das belas árvores que se veem hoje na Praça da Sé do
Crato.
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