terça-feira, 9 de agosto de 2016

Adeus Bahia!


Adeus Bahia! 

Nosso ônibus corria, sim, corria,
A minha alma em tristezas mergulhava
Enquanto lá bem longe se ocultava
A plúmbea silhueta da Bahia.

A minha alma chorou porque doía
Aquele adeus que a todos maltratava,
Meu coração trancou-se porque amava
A terra feiticeira da Bahia.

Adeus, Bahia, terra de Iaiá,
De Ioiô, do caruru, do vatapá,
Terra do canjerê, do candomblé,
Cidade do abará, do acarajé.

Ao Senhor do Bonfim vou implorar
E a ti, divina terra, hei de voltar.

Bahia, 9/9/1950
José Siebra

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